Um aviso no mínimo equivocado está sendo estampado em frente a um terreno do Governo do Estado do Rio de Janeiro em Botafogo, mais precisamente na Rua Muniz Barreto. O aviso diz claramente que “Invadir Área Pública é Crime”. Diante deste esquizofrênico aviso, o qual trata como privado aquilo que seria público, posso pela via inversa pensar, então, que a partir deste momento invadir área privada está liberado? Afinal, alguma área deve estar destinada a nós, seres comuns praticantes da cidade, certo? Ou estamos, agora sem qualquer espaço possível de se estar? Claro que o aviso é um equívoco, uma escorregada, mas pode ser visto como um indício de compreensões urgentes à cidade, já que nos acostumamos a entender o ambiente urbano como de autoria de seus gestores e não de nós, praticantes. Cabe pensar, quais usos você faz da cidade? O quanto que a arquitetura da cidade conta de sua vida? E para além de sua melancólica propriedade individual, o que lhe resta de intimidade?
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A warning at least mistaken is being hanged in front of an area that is propriety of the Rio de Janeiro’s state government in Botafogo neighborhood, more precisely in Muniz Barreto Street. The notice clearly states that “Public Area Raiding is Crime. ” Given this schizophrenic warning , which takes what would be public as something private, could I think in the reverse way? From this moment the invasion of private areas is liberated? After all, some area must be aimed at us, ordinary beings practitioners of the city, right? Or are we now without any possible space to be with? Of course the warning is a mistake, a slip, but can be viewed as an indication of urgent insights concerning the city, as we’ve come to understand the urban environment as written by their managers and not by us, practitioners. Standed in front of that warning, I think, how do we use the city? What the city’s architecture tells about our life? And apart from our melancholic individual properties, what remains as our intimacy with the city?
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Acaba de ser lançada a sexta edição da Revista 400ml, uma das revistas brasileiras sobre arte de rua com maior cuidado editorial. O “Luz, Câmera, PICHAÇÃO” vem como destaque com uma boa matéria contendo alguns trechos de entrevistas tanto com o nosso Gustavo Coelho, quanto com NUNO, um dos pichadores protagonistas do filme. Enquanto o filme não chega ao grande público, curtam esta matéria.
Luz, Câmera, PICHAÇÃO 